Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009

Capela de São Martinho – Vilar do Paraíso – Vila Nova de Gaia

Foto: DGEMN: DSID


A capela de São Martinho, situada numa pequena colina e rodeada por um adro arborizado, constituiu um dos mais importantes locais de culto da muito remota freguesia de Vilar do Paraíso.

A sua história é, no entanto, pouco conhecida. Não se sabe em que data foi edificada, mas a sua origem recua ao século XIV, época em que foi paroquial. A frontaria, barroca, remonta, muito possivelmente, à primeira metade do século XVIII. Nas Memórias Paroquiais de 1758 refere-se a existência de uma ermida dedicada a São Martinho "situada num monte no meio da freguesia", mas nada mais se acrescenta sobre o edifício. As restantes informações, acrescentadas pelo autor da transcrição, Francisco Barbosa da Costa, apenas dizem respeito às imagens que, em 1983, se veneravam na capela. No altar-mor encontrava-se a representação do padroeiro, São Martinho, acompanhado por São Miguel. Nos restantes altares, Santa Rita, Santo António, Santa Teresinha, Nossa Senhora das Dores do Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora de Fátima e do Menino Jesus de Praga.

Já na década de 1990, a igreja foi objecto de uma profunda alteração, conservando-se apenas a fachada setecentista e a nave, pois os restantes volumes (capela-mor e sacristia) foram demolidos com o objectivo de ampliar o espaço da capela.

Assim, o elemento mais significativo deste conjunto é o alçado principal, revestido por azulejos de padrão azuis e brancos, contemporâneos, e flanqueado por pilastras, encimadas por pináculos. Ao centro, abre-se o portal, ladeado por duas janelas rectangulares, e encimado por frontão de aletas, interrompido por uma vieira. Sobrepõe-se-lhe um óculo quadrilobado e, sobre a empena, a torre sineira.

 

Texto: (Rosário Carvalho) / IPPAR


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Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Capela de Nossa Senhora da Graça - Junqueira - Vila do Conde

Foto: jf-junqueira


A igreja da Senhora da Graça pertencia ao domínio do antigo Mosteiro de São Simão da Junqueira, tendo sido edificada na sequência da reconstrução da própria igreja do mosteiro, no último quartel do século XVII. De facto, esta casa esteve, durante o século XVI, sujeita ao regime comendatário que, à semelhança do que aconteceu um pouco por todo o país, prejudicou fortemente a economia do mosteiro. Assim, foi somente após a fim deste regime que as instituições religiosas recuperaram a sua autonomia e iniciaram uma dinâmica de actualização estética e decorativa, na qual a construção da capela da Graça se inclui.

 

Esta, encontra-se implantada num local ajardinado, com um muro em seu redor. É antecedida por um alpendre, delimitado por um parapeito e assente sobre colunas dóricas. A fachada principal é aberta por portal com o ano de 1713 epigrafado (data que deverá determinar o final das obras), e um óculo na zona superior. Os diferentes volumes são definidos por cunhais, sobre os quais se projectam pináculos de remate esférico e, sobre as empenas, uma cruz assente num plinto.

 

A austeridade exterior contrasta fortemente com o interior, principalmente ao nível da capela-mor, onde a talha dourada reveste a totalidade do espaço - tecto é em caixotões, as paredes organizam-se em molduras, e o retábulo, de remate polilobado, enquadra uma imagem de cada lado da tribuna. Na nave, as paredes apresentam revestimento azulejar de padrão, tecto de caixotões policromados e os altares exibem retábulos de talha dourada.

 

Nesta medida, verificamos como a capela de Nossa Senhora da Graça se enquadra no contexto setecentista nacional, onde prevaleceu a utilização conjugada do azulejo e da talha dourada, num espaço interior cenográfico e brilhante, muito diferente da sobriedade verificada no exterior.

 

Texto: (Rosário Carvalho) / IPPAR


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Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008

Capela de São João da Igreja de Vairão - Vila do Conde

Foto: cmviladoconde


O mosteiro de Vairão foi construído na Alta Idade Média, datando as primeiras referências à comunidade dos séculos X-XI, em pleno processo de consolidação cristã dos territórios que viriam a originar o Condado Portucalense. Em 1141, D. Afonso Henriques passou carta de couto ao cenóbio, sendo esse documento revelador da importância do mosteiro, que detinha um património fundiário considerável, disperso por várias actuais freguesias. Infelizmente, desses primeiros capítulos de vida da comunidade feminina de Vairão nenhum vestígio material chegou aos nossos dias. As parcelas mais antigas correspondem ao século XIV, época em que se procedeu à reformulação do conjunto românico e em que o mosteiro terá atingido o seu ponto de maior expansão.

A Capela de São João Baptista, único elemento que mereceu a classificação legal deste complexo edificado, foi construída décadas depois do período de apogeu da comunidade. Deverá datar de 1551, data que consta de um brasão associado à capela e que deve corresponder ao início dos trabalhos ou, em alternativa, à conclusão do projecto, solenemente simbolizada pela colocação do brasão dos promotores.

A capela é um característico espaço quinhentista, de planta quadrada, coberta por abóbadas de cruzaria de ogivas e iluminada por janela lateral. O acesso faz-se a partir da nave da igreja monacal, através de arco de lintel recto. As paredes laterais são integralmente revestidas por azulejos de padrão geométrico, enquanto que a parede fundeira é ocupada por retábulo maneirista, da segunda metade do século XVI, pouco posterior à conclusão da obra de arquitectura. O ciclo pictórico é alusivo a São João Baptista, denotando influências espanholas, possivelmente através da oficina de Martinez Montañes. Este retábulo foi alvo de uma intervenção durante a época barroca, período a que pertence o sacrário e o frontal de altar, este último decorado com uma representação da Última Ceia. Observam-se ainda vestígios de pintura mural, ligeiramente abaixo do brasão, que carecem de um estudo aprofundado.

Fonte: PAF / IPPAR


 


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Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

Capela do Socorro - Vila do Conde

Foto: PedroPVZ - 28/07/05


Situada junto ao rio, a capela do Socorro destaca-se pela configuração dos volumes que a compõem, e por se encontrar num plano ligeiramente mais elevado, limitado por um murete, a que se acede através de uma pequena escadaria. Este templo insere-se no conjunto de ermidas e capelas de planta centralizada, que surgiram no nosso país no decorrer do século XVII, em maior número na região de Aveiro e Coimbra. Contudo, e ao contrário do que aconteceu em boa parte dos exemplos subsistentes, em Vila do Conde foi utilizado um modelo de planta quadrada, coberto por uma abóbada semi esférica, de grandes dimensões.

A cornija, que remata o corpo quadrangular, exibe uma série de elementos de granito que decoram e animam o volume inferior e, no extremo esquerdo do alçado Norte, uma sineira. A entrada é definida, nesta fachada, por um vão de arco perfeito em granito.

Trata-se de uma edificação seiscentista, erguida no início do século XVII, mais precisamente, em 1603, a expensas do piloto-Mór da Carreira da Índia, Gaspar Manuel, e sua mulher, como atesta a inscrição existente no portal. É possível que o casal tenha patrocinado a construção deste templo com o objectivo de criar um mausoléu, onde ambos pudessem ser sepultados, o que veio a acontecer sete anos depois, em 1610, data em que faleceu Gaspar Manuel. A sua campa (e a sua mulher), rasa mas com brasão de armas e inscrição, mantém-se no interior do templo.

Todavia, neste espaço, é o conjunto azulejar barroco e o retábulo-mor, de talha branca e dourada, de gosto rococó, que se revestem de especial importância, emprestando à capela uma dinâmica e cenografia, próprias de uma época posterior à da sua edificação. Os azulejos encontram-se divididos em dois níveis, muito possivelmente executados em épocas distintas e por artistas diferenciados. Assim, no inferior observam-se cenas de paisagens enquadradas por anjos de grandes dimensões, a que se sobrepõem cenas da vida da Virgem: Adoração dos Magos, Fuga para o Egipto, Jesus entre os Doutores, Apresentação da Virgem, Casamento de Nossa Senhora, Anunciação e Adoração dos pastores. Os painéis figurativos foram atribuídos por Santos Simões ao Mestre P.M.P., o pintor de azulejo activo no primeiro quartel do século XVIII, mas do qual se desconhece o nome. Este, pertence ainda ao denominado "ciclo dos grandes mestres", revelando a ascendência dos Oliveira Bernardes, mas desenvolvendo a sua obra num sentido mais ingénuo e menos erudito. Nos estudos e biografias relativas a este pintor, José Meco tem vindo a manter os azulejos da capela do Socorro no acervo pictórico do Mestre P.M.P., mas sem avançar nenhuma data mais específica para a sua execução.

Texto: (Rosário Carvalho) - IPPAR


Foto: cmviladoconde


 


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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Capela de Nossa Senhora da Guia - Vila do Conde

Foto: cmviladoconde


É muito provável que a capela de Nossa Senhora da Guia corresponda à ermida de São Julião, existente junto à foz do rio Ave, e referenciada na documentação do século XI, mais precisamente, no inventário dos bens pertencentes ao Mosteiro de Guimarães, com data de 1059. A sua edificação é, portanto, anterior à primeira metade do século XI, tendo incluído, posteriormente, um forte para assegurar a defesa da barra.

Não se sabe, ao certo, a época de construção da igreja que hoje conhecemos, mas tudo indica tratar-se de um imóvel Seiscentista, de arquitectura depurada, e que foi objecto de diversas campanhas de época barroca. Os azulejos da nave assim o indicam, pois o seu padrão de laçarias, identificado por Santos Simões, no seu corpus da azulejaria do século XVII, como P41, é próprio da primeira metade desta centúria, conhecendo-se outros exemplos da sua aplicação, datados de 1636.

A grande reestruturação, ou reedificação do templo deverá remontar, então, a este período, muito embora a depuração arquitectónica que se observa em todo o edifício dificulte cronologias mais precisas. A sua estrutura, com duas naves, e sacristia ao lado da capela-mor, pode denunciar, exactamente, as adaptações e reaproveitamentos de que o imóvel foi alvo. Por outro lado, a abóbada que cobre a capela-mor, não deixa de recordar a próxima capela do Socorro, edificada no início de Seiscentos. Já do século XVIII são os azulejos figurativos da capela-mor, de fabrico coimbrão.  Representam o Pentecostes e Nossa Senhora que, rodeada por anjos, protege um barco à deriva num mar revolto.

Não é possível determinar a ocorrência de mais do que uma campanha de obras, mas o corpo correspondente à sacristia deverá ser posterior ao da capela-mor, pois a parede Norte foi demolida, não apresentando os azulejos de padrão que originalmente teria possuído. Por seu turno, estas alterações estão presentes, também, no "(...) beiral de pedra, que hoje está dentro da sacristia, mas antes das obras deveria ter pertencido à parte exterior da capela, mostram que sofreu um grande aumento".

Se as fachadas exteriores não apresentam elementos dignos de nota, o interior surpreende pela profusão de azulejos, talha e pintura, definindo um espaço claramente barroco. O tecto da nave é coberto por caixotões com pinturas de episódios bíblicos, e do lado do Evangelho encontra-se um púlpito com balaustrada de madeira. O arco triunfal, com duas colunas e arco de volta perfeita, integra-se numa composição de talha dourada sobre fundo branco, que engloba os altares colaterais.

Na capela-mor, o retábulo apresenta as mesmas tonalidades, mas é mais tardio, pois a sua linguagem depurada aproxima-se já do neoclássico.

Por fim, o enquadramento envolvente foi alvo de beneficiações, em 1940, com a colocação da cruz no topo da escadaria de acesso a esta ermida, implantada junto ao rio.


 

Texto: (Rosário Carvalho) / IPPAR


Foto: cmviladoconde


 


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Domingo, 14 de Dezembro de 2008

Capela de Santa Catarina - Vila do Conde

Foto: cmviladoconde


"Do lado Norte da cidade, situada em terrenos arenosos", a  pequena capela de Santa Catarina é um templo baixo-medieval ligado às populações piscatórias da zona. A sua história revela um passado de devoção sob a forma de romaria, efectuada ainda hoje a cada 25 de Novembro.

A arquitectura da capela reforça o carácter de edifício-destino de uma importante romaria. Com efeito, estamos diante de um templo de proporções singelas e sem importantes rasgos arquitectónicos ou estilísticos, dotado de alpendre lateral para albergar os romeiros e demais devotos, com um interior resumido aos espaços essenciais de celebração e de assistência.

A fachada principal é bastante simples, de pano único organizado em dois registos, abrindo-se inferiormente o portal, de arco apontado sem arquivoltas ou colunas, e superiormente, uma pequena fresta rectangular. A empena é triangular, truncada por pequena sineira de arco único assente em plataforma horizontal de leve cornijamento. Do lado Sul, em plano ligeiramente inclinado, acompanhando o declive do terreno, existe um alpendre, de telhado de água única prolongando o do corpo do templo e assente em quatro pilares de arestas chanfradas, estando as extremidades poente e nascente fechadas por muretes.

O interior é de planta longitudinal articulando dois espaços, o da nave e o da capela-mor, a que se associa, do lado Norte, uma pequena sacristia. O acesso é feito pelas portas poente e meridional da nave e, para além da relativa profundidade da capela-mor, cujas dimensões são praticamente idênticas às da nave, sobressaem três retábulos de talha: dois deles neoclássicos e localizados no corpo, e o último, barroco, provavelmente da segunda metade do século XVII, composto por quatro arquivoltas (a interior e a terceira assentes em colunas salomónicas) que ladeiam uma ampla tribuna dotada de trono onde se exibe a imagem do orago.

 

Apesar das escassas referências históricas acerca da capela, é possível estabelecer a sua construção pelos finais do século XV, uma vez que já é mencionada em 1518, num fólio do Tombo Verde do Mosteiro de Santa Clara. A confirmar-se esta cronologia relativa, estamos perante mais um exemplo da multiplicidade de edificações devocionais verificada no final da Idade Média, em particular as pequenas ermidas de romaria, localizadas em pontos chave da paisagem, e por isso mesmo exercendo um poderoso fascínio sobre as populações. As características arquitectónicas do monumento, ainda que sumárias, integram-se bem nesse lapso temporal e nas mais modestas edificações, em particular no Norte e Interior do país.

Mas se a data de edificação se pode genericamente estabelecer, pouco ou nada sabemos acerca do contexto sócio-económico que presidiu à sua edificação ou do próprio entorno urbanístico original. De 1578 é uma determinação municipal para se desafogar o edifício, o que sugere a existência de um aglomerado urbano anexo, a ponto de prejudicar a própria envolvência da capela. Mas pouco mais podemos adiantar.

Outro tema que nos é difícil abordar é a própria função da capela para além de pólo de romaria. Em 1721, as Memórias Paroquiais referem a existência de uma sepultura de clérigo no pavimento, facto que sugere uma função funerária, em particular ao longo da época moderna, altura em que grande parte dos interiores de edifícios religiosos foram cemitério privilegiado. Mas tal informação carece ainda de confirmação e a investigação arqueológica nunca foi aqui desenvolvida, pelo que esta é apenas mais uma hipótese de trabalho.

Restaurada parcialmente em 1992, numa campanha que privilegiou os elementos estruturais e exteriores, é necessário proceder-se a uma intervenção de restauro de património integrado, que permita travar a ruína das obras de talha.

 

Texto: PAF / IPPAR


Foto: cmviladoconde


 


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Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008

Capela de Santa Cruz ou Capela do Bom Jesus - Burgães - Santo Tirso

Foto: monumentos.pt


Implantada nos arredores da freguesia de Burgães, a Capela de Santa Cruz terá sido edificada na última década do século XVII. Era propriedade da Confraria de Santa Cruz, fundada cerca de 1696 e responsável pela sua construção. Até hoje é utilizada para a romaria anual dedicada ao Bom Jesus, padroeiro do templo.

A planta da capela é composta por três volumes distintos, todos de secção rectangular, que correspondem à nave única, à capela-mor, de menores dimensões, e à sacristia, adossada a esta e de cércea ainda mais baixa. A estrutura exterior é rematada sobre a cornija por pináculos boleados.

A fachada principal, delimitada por duas pilastras, apresenta ao centro um portar de moldura recta, simples, encimado por uma janela com grade de ferro. Nas fachadas laterais foram também abertas portas de entrada no templo e janelas, que iluminam a capela-mor.

A nave, de espaço único, não apresenta qualquer elemento decorativo. Uma guarda de madeira separa este espaço da capela-mor. O arco cruzeiro foi pintado com motivos de brutesco , sendo ladeado pelos altares laterais de talha dourada, dedicados a São Francisco, do lado do Evangelho, e Santo António, do lado da Epístola. O espaço da parede em volta do arco e dos altares colaterais foi unificado com talha dourada e policromada.

O espaço da capela-mor é coberto por abóbada de caixotões de madeira pintados e dourados, com temas do hagiológio. O retábulo-mor integra ao centro a imagem de Cristo na Cruz, que em conjunto com uma tábua que figura a Virgem e São João, colocada no espaço do trono, forma um curioso Calvário .

Esta obra foi executada em 1708 pelo pintor Pedro Machado, de Guimarães, contratado para "dourar o retábulo do altar-mor da capela do Senhor de Santa Cruz", segundo indica o contrato firmado com a Confraria de Santa Cruz.

Texto: Catarina Oliveira - GIF/IPPAR/ 22 de Junho de 2005


 


publicado por MJFSANTOS às 07:32
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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

Igreja ou Capela da Lapa - Póvoa do Varzim

 


Fundada em 1772, a Capela da Lapa foi mandada edificar pela comunidade piscatória de Póvoa de Varzim para servir de local de acolhimento dos pescadores e das suas famílias.

Era neste templo que estava sediada a Real Confraria de Nossa Senhora da Assunção, padroeira dos pescadores a partir de 1792, que foi criada sobretudo para prestar assistência às famílias que viviam da pesca.

De feição barroca, o templo apresenta na fachada uma torre sineira de grandes dimensões, edificada lateralmente, e portal de moldura simples sobrepujado por janelão. O conjunto é rematado por frontão triangular.

O edifício destaca-se sobretudo pela singularidade da fachada posterior, fronteira à praia. Aí a comunidade piscatória mandou construir um farol, agora desactivado, que durante anos serviu de guia, albergando uma imagem de Nossa Senhora da Lapa e um painel evocativo da tragédia que em Fevereiro de 1892 marcou os pescadores da Póvoa de Varzim.


Por: Catarina Oliveira - GIF/IPPAR/ 10 de Novembro de 2006

Mais Informações em: pt.wikipedia

 


Fotos: Poveirinho 2007


publicado por MJFSANTOS às 06:45
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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

Capela dos Pestanas - Rua do Almada - Porto

 

A capela neogótica dos Pestanas, assim designada por se situar junto ao Palácio desta família e por ter sido encomendada pelo Engenheiro José Joaquim Pestana, à altura o proprietário do Palácio, foi construída entre 1878 e 1890, ano em que abriu as portas ao culto. O seu arquitecto foi José de Macedo Araújo Júnior, um dos mais importantes engenheiros do Porto do último quartel do século XIX, tendo-se destacado na condução de obras tão importantes como o Palácio da Bolsa ou parte da Alfândega da cidade.

De nave única e capela-mor semicircular, a construção impõe-se urbanisticamente pela elevada torre adossada à fachada principal, que protege a entrada no templo. De secção quadrangular, eleva-se em quatro registos individualizáveis. No último, duas janelas geminadas em cada face antecedem a terminação em empena cónica, encimada por uma cruz de ferro. A ladear a fachada, nos extremos do edifício, dois baldaquinos albergam as imagens de São José e de São Joaquim, obras do escultor Soares dos Reis.

O ambiente neogótico inspirado nas catedrais góticas testemunha-se tanto no exterior como no interior. A par da alta torre ocidental, o exterior do edifício é caracterizado por contrafortes terminando em pináculos que enquadram janelões de arco quebrado, que por sua vez marcam a divisão interior em tramos. O interior da capela foi concebido para albergar um dos mais impressionantes programas decorativos do nosso neogótico. As paredes e os tectos foram revestidos por pinturas inspiradas na Sainte Chapelle de Paris. A esmagadora maioria do mobiliário e algumas obras de devoção foram realizados na cidade de Liège, na casa Wilmotte. E os autores do retábulo-mor, logo em 1885, foram agraciados com a medalha de ouro na Exposição Internacional de Anvers.

O conjunto do Palacete Pestana haveria, posteriormente, de ser praticamente destruído, construindo-se um prédio no antigo jardim e reduzindo-se drasticamente os limites da antiga propriedade. A capela do Divino Coração de Jesus, porém, mantem-se como testemunho de uma das mais originais empresas neogóticas do Porto e, seguramente, do país.



Texto: PAF / IPPAR

Foto: Maria Inês Dias 28/07/2006 / IPPAR


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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

Capela de São Francisco - Freamunde - Paços Ferreira

 


 

De acordo com os poucos dados disponíveis, no início do século XVIII já existia uma pequena ermida ou oratório dedicado a São Francisco, onde funcionava uma confraria, que dispunha de alguns recursos. Não se sabe, todavia, em que data esta foi instituída, nem a que época remonta o primitivo oratório, cuja expressão e importância não é possível determinar. Apenas é possível perceber que esta primeira construção foi demolida em 1734, para dar lugar à capela que hoje conhecemos, oficialmente sagrada em 1743. No lintel da porta, a data de 1737 corresponde, muito possivelmente, à conclusão dos trabalhos de pedraria, prolongando-se, nos anos seguintes, a campanha decorativa do interior.
A fachada principal, com pilastras nos cunhais, encimada por um pináculo e, do lado oposto, pela torre sineira, termina em empena interrompida por um brasão encimado por cruz. Ao centro, abre-se o portal de verga curva, com cornija saliente e frontão triangular interrompido pelo nicho que, por sua vez, é flanqueado por duas janelas de linhas rectas. No tímpano, e beneficiando de um maior destaque, encontra-se o emblema da Irmandade. A sineira é coroada por um frontão de volutas. Tal como nas restantes fachadas, também a principal é caracterizada por uma enorme depuração, numa arquitectura chã que concentra no eixo vertical do portal os elementos de maior decorativismo e simbolismo.
No interior, de nave única e capela-mor rectangulares, revestem-se de especial interesse os diversos elementos de talha dourada e polícroma e, em particular os retábulos colaterais, cortando os ângulos da nave e o retábulo-mor. É possível que todos estes trabalhos sejam já de época posterior, uma vez que acusam alguma depuração mais próxima de um gosto neoclássico. O tecto, em estuque, exibe motivos geométricos.
Após a reconstrução da igreja teve início a obra da Casa-Hospício, entregue à Ordem Terceira de São Francisco. Esta liga-se ao templo através de um muro com merlões aberto por dois portões, e o seu edifício pauta-se por um enorme despojamento.
Este conjunto arquitectónico forma um adro no qual se encontra o cruzeiro, aqui implantado desde 1992.


 


 

Texto: IPPAR - (Rosário Carvalho)

publicado por MJFSANTOS às 01:52
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