Biblioteca Municipal Florbela Espanca
Em 7 de Dezembro de 1990, a Biblioteca Municipal passou a chamar-se Biblioteca Municipal Florbela Espanca, poetisa alentejana. nascida em Vila Viçosa, que viveu os últimos anos da sua vida em Matosinhos, onde faleceu aos 36 anos de idade. A Biblioteca possui da escritora uma razoável colecção de documentos, que devem, naturalmente, fazer parte do Fundo Local.
A 9 de Maio de 2005 foi inaugurado o edifício da nova Biblioteca e ”Centro Cultural”, da autoria do arquitecto Alcino Soutinho, passando assim a funcionar neste local a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, a Galeria Municipal e o Arquivo Histórico. A transferência para este espaço permite oferecer aos utilizadores e funcionários da Biblioteca, espaço e condições de fruição dos serviços e de realização de outras actividades, e também de condições de trabalho que já se tinham tornando bastante limitadas no edifício do Palacete de Trevões. Assim, a Biblioteca Florbela Espanca, objectiva a adaptação a uma nova realidade, melhorando os serviços prestados à população e tornando-se o centro de uma rede concelhia, através do projecto de criação de pólos de leitura nas diversas freguesias, compromisso assumido com a assinatura do contrato-programa com o IPLB de apoio a construção e montagem da biblioteca.
A Biblioteca Florbela Espanca integra a rede nacional de leitura pública, e como tal assume os fins e objectivos do Manifesto da UNESCO, documento orientador do papel das bibliotecas desta tipologia:
Os serviços que presta constam do Regulamento da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, documento aprovado em reunião de Câmara e em Assembleia Municipal.
O FUNDO DOCUMENTAL
A biblioteca conta actualmente com um acervo de aproximadamente 77.000 monografias, 280 periódicos, 3200 documentos áudio, 100 audiovisuais. Das 77.000 Monografias que a biblioteca possui cerca de 35.000 encontram-se em processo de catalogação retrospectiva. Destas muitas estão naturalmente desactualizadas, mas outras constituem importante e valioso espólio da Câmara de Matosinhos, designadamente as colecções de arte e os fundos antigos.
Os documentos, em livre acesso, encontram-se distribuídos pelas diferentes áreas e organizados segundo a Classificação Decimal Universal (CDU).
A REDE CONCELHIA DE LEITURA PÚBLICA
Esta rede conta no presente com uma Biblioteca Anexa na freguesia de S. Mamede e com a Biblioteca Itinerante.
A Câmara de Matosinhos pretende dar continuidade a este projecto com a criação de mais anexos ou pólos em outras freguesias ou locais do município de acordo com o número e distribuição dos seus habitantes.
A Biblioteca Anexa de S. Mamede de Infesta a funcionar em dois pisos do edifício da nova centralidade, possui tal como a biblioteca central, serviços de leitura de presença e empréstimo domiciliário destinados ao público infanto-juvenil e adulto, periódicos, fundo-local, fotocópias, Internet, animação da leitura através da Hora do Conto, que se vem realizando aos sábados de manhã.
NOTAS
Emídio José Ló-Ferreira - Visconde de Trevões.
Trevões - nome da aldeia do concelho de S. João da Pesqueira, distrito de Viseu onde nasceu Ló-Ferreira
Imigra para Matosinhos e depois para o Brasil de onde regressa (são os chamados torna-viagem, que no séc. XIX retornavam do Brasil) com considerável fortuna. Homem benemérito foi-lhe por isso atribuído o título de Visconde.
Datado do século XVIII e conhecido também por “Senhor do Espinheiro” ou “Senhor da Areia”, assinala o local onde, segundo a lenda, apareceu a imagem do Bom Jesus de Bouças, mais tarde conhecida por Senhor de Matosinhos.
Monumento de fortíssimo impacto visual até inícios do século XX, este zimbório encontrava-se isolado no meio do areal da “Praia do Espinheiro” sendo visível a muitos quilómetros de distância quer do lado da terra quer do lado do mar.
Não obstante o “Senhor do Padrão” ter perdido, na sequência do desenvolvimento dos últimos 100 anos, muito do seu impacto visual, continua a ser uma importante referência para a cidade e para a comunidade piscatória. Com efeito muita da devoção religiosa dos pescadores de Matosinhos e suas famílias materializa-se junto a este monumento, sendo disso exemplo o dia 1 de Novembro quando o monumento se vê rodeado por milhares de velas que ardem em memória dos pescadores mortos no mar.
Classificado como Monumento Nacional (Decreto-Lei nº 129/77 de 29 de Setembro).
A Casa de Santiago foi mandada construir por João Santiago de Carvalho e Sousa, para sua residência na última década do século XIX, Era então designada por “Quinta de Villa Franca” numa alusão ao local onde se encontrava. O autor do projecto foi Nicola Bigaglia, veneziano radicado em Portugal desde a década de 1880. A casa adopta um estilo arquitectónico ecléctico e revivalista, ao gosto da época, integrando elementos neo-medievais num tom genérico renascentista que caracterizará as suas obras posteriores.
A variedade de elementos estruturais e decorativos, a sua expressividade e o seu simbolismo fazem desta casa um elemento interessantíssimo de estudo. A casa foi adquirida pela Câmara Municipal de Matosinhos em 1968 tendo a sua recuperação e adaptação a museu sido dirigida pelo arquitecto Fernando Távora.
O visitante poderá observar a reconstituição duma época através da aproximação possível ao interior de uma habitação burguesa, instalada numa das zonas de veraneio mais concorridas na passagem do século, conferindo ao projecto da Quinta de Santiago uma dimensão de Casa Museu.
No segundo piso está exposta uma colecção de pintura e escultura que toma como base três nomes destacados da colecção de Arte da Câmara Municipal de Matosinhos: António Carneiro (1872-1930), Agostinho Salgado (1905-1967) e Augusto Gomes (1910-1976). Sendo três figuras ligadas a Matosinhos e a Leça a obra destes três artistas envolve três leituras diversas do mar, da terra mais interior e das gentes de Matosinhos. Paralelamente um programa de exposições temporárias, renovadas periodicamente são um importante factor de atracção que recomenda uma visita a este museu que está aberto todos os dias das 10.00 às 18.00 horas (encerra à Segunda-feira).
A 8 de Julho de 1832, praia junto a Arnosa do Pampelido, entre as freguesias de Perafita e de Lavra do concelho de Matosinhos, teve lugar um acontecimento que iria alterar decisivamente o curso da história e marcar o início do fim do absolutismo em Portugal.
Organizada a partir dos Açores uma esquadra comandada por D. Pedro IV com um exército de 7500 homens desembarca nesta praia com o objectivo de pôr instaurar no país um regime moderno e liberal. A escolha deste local apanhou de surpresa o exército absolutista uma vez que esperando um ataque a Lisboa a defesa do Norte tinha sido desguarnecida. Após o desembarque o “Exército Libertador” seguiu para o Porto onde entrou pacificamente a 9 de Julho e onde resistiu heroicamente durante um ano no “Cerco do Porto”.
Assinalando o local do desembarque foi erguido, por iniciativa de António José de Ávila e subscrição pública um obelisco destinado a perpetuar a memória deste acontecimento. A sua localização foi feita com base no testemunho de elementos do “Exército Libertador” que, de resto, estiveram presentes, ao lado da rainha D. Maria II no lançamento da sua primeira pedra a 1 de Dezembro de 1840. Contudo seriam necessários 24 anos para se dar por concluído o obelisco, tendo sido proposta a sua classificação como monumento nacional em 1880.
O obelisco em granito inclui referências à data do desembarque em duas coroas metálicas observáveis no topo. Quatro painéis calcários na sua base registam referências à iniciativa da construção do monumento, alguns dos comandantes do “Exercito Libertador” e a famosa proclamação que D. Pedro IV fez aos soldados antes do desembarque.
Restaurado em 2001 por iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos, o Obelisco da Memória é elemento fundamental do património histórico da região e integra-se numa área dunar igualmente protegida pela autarquia.
Classificado como monumento nacional, este imóvel medieval é considerado um dos melhores exemplares arquitectónicos existentes no país, de transição do estilo românico para o gótico. Com origem anterior ao séc. X, foi posteriormente (séc. XII) a primeira casa mãe dos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de Malta em Portugal. Da construção românica resta apenas, nas traseiras da igreja, uma ala incompleta do claustro, um portal e uma janela com decoração vegetalista. Foi reedificado no séc. XIV, segundo o modelo das igrejas fortaleza. A fachada principal de estilo gótico, com ampla rosácea radiada e rematada por uma cruz da Ordem de Malta, possui torre de menagem de traça românica, coroada de ameias. No interior, dividido em três naves, podemos admirar a capela-mor com abóbada de nervuras, a capela de Nossa Senhora do Rosário ou do Ferro e os túmulos de vários cavaleiros e frades, destacando-se a arca tumular de Frei João Coelho, Grão-Mestre da Ordem, com estátua jacente da autoria de Diogo Pires, o Moço, bem como a pia baptismal, cuja base é decorada por animais exóticos. No exterior, o Cruzeiro é também da autoria do mesmo mestre coimbrão. Foi neste Mosteiro que o rei D. Fernando casou com D. Leonor de Teles.
Apesar da referência documental mais antiga deste monumento datar do ano de 1003, a fundação deste mosteiro é certamente muito anterior. Seria na época apenas um pequeno cenóbio albergando uma comunidade provavelmente beneditina. No séc. XII é doado aos monges-cavaleiros da Ordem de S. João do Hospital, tornando-se assim a primeira sede desta ordem em Portugal. A estrutura gótica do monumento remonta às obras de remodelação e ampliação efectuadas no séc. XIV por iniciativa do Balio D. Frei Estevão Vasques de Pimentel.
Do mosteiro resta apenas a igreja, de planta cruciforme, ladeada por uma alta torre quadrangular, provida de balcões com matacães, a meia altura e no topo, em ângulo, seteiras, dando à igreja um aspecto de verdadeira fortaleza militar.
No seu interior destaca-se, sobre a campa de Frei Estevão Vasques, uma placa de bronze, com diversos motivos decorativos e contendo o epitáfio do defunto em caracteres leoneses.
Está classificado como Monumento Nacional pelo Decreto de 16.06.1910 DG 136 de 23 de Junho de 1910.
No séc. XVI iniciou-se a construção deste notável imóvel de traça renascentista, que tem sido objecto de inúmeras alterações até à actualidade. Destacam-se, no séc. XVIII, as intervenções de Luís Pereira da Costa, famoso entalhador setecentista, a quem se devem as obras de remodelação e acrescento da capela-mor e as de Nicolau Nasoni para o restauro da igreja. A notável combinação de volumes, estruturas e pormenores compositivos acentuam o aspecto cenográfico da fachada principal, desenhada de forma a acentuar a horizontalidade da construção e as características barrocas ao gosto nasoniano. São de admirar as duas torres sineiras, o frontão quebrado, a porta principal decorada com medalhão, no qual se insere uma concha de vieira e os dois nichos laterais que contêm as estátuas de S. Pedro e S. Paulo. No espaço interior, dividido em três naves, destaca-se o imponente altar-mor de talha dourada, que integra na parte central um nicho com imagem de Cristo crucificado, atribuída aos séc. XII / XIII. Trata-se de uma escultura em madeira oca, com cerca de dois metros de altura e extremamente curiosa, dada a assimetria simbólica do olhar, já que o olho esquerdo se dirige para o Céu e o direito para a Terra, numa clara simbiose entre Deus e o Homem.
A história da freguesia de Matosinhos entronca na do desaparecido Mosteiro de Bouças onde se venerou, durante séculos, a imagem do Bom Jesus de Bouças. No séc. XVI, face à ruína do mosteiro a imagem foi transferida para uma nova igreja que foi construída no lugar de Matosinhos. A sua construção iniciou-se em 1542 por iniciativa da Universidade de Coimbra a quem D. João III tinha concedido o padroado de Matosinhos. Para realizar esta obra foi inicialmente contratado João de Ruão, tendo a obra sido posteriormente completada por Tomé Velho.
No séc. XVIII a crescente importância da devoção ao Senhor de Bouças, particularmente entre aqueles que demandavam as terras do Brasil, vai levar à realização de grandes obras de ampliação da primitiva igreja, que ficaram a cargo do arquitecto italiano Nicolau Nasoni.
Ponte do Carro (Santa Cruz do Bispo/Guifões): Ponte de cavalete com um arco de volta perfeita, construída em alvenaria de granito muito irregular, apresentando uma tipologia construtiva característica da Idade Média (sécs. XII – XIII).
É um interessante exemplo da arquitectura civil pública medieval classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decº 516/71 de 22 de Novembro.
A origem daquele que é actualmente o principal parque público municipal de Matosinhos remonta à instalação neste local, em 1481, do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem de S. Francisco. Instalados primitivamente, desde 1392, no Oratório de S. Clemente das Penhas (junto à actual Capela da Boa Nova), “numa marinha agreste: o mais inculto, desabrido e estéril [sítio]” conforme relatava em 1666 Fr. Manoel da Esperança. A natureza agreste do sítio levou, alguma décadas mais tarde, a que se procurasse transferir o cenóbio para um local mais ameno tendo sido escolhido a antiga “Quinta da Granja”.
Do primitivo convento já pouco resta. Vendido em hasta pública após a extinção em 1834 das ordens religiosos todo o vasto património que albergava foi desaparecendo. Actualmente ainda é visível o antigo claustro do convento, alguns chafarizes monumentais e a capela de S. Francisco, onde se encontram sepultado Frei João da Póvoa, antigo confessor do rei D. João II e principal impulsionador da construção do novo convento. Mas a peça mais emblemática é o magnífico portal de estilo manuelino que pertenceu à igreja do convento e que, após em meados do séc. XIX ter sido transferida para uma quinta particular em Vila Nova de Gaia, foi posteriormente devolvida à sua localização original.
Já no séc. XX a Quinta da Conceição, que confinava com as margens do rio Leça, entra na posse da Administração dos Portos de Douro e Leixões com vista à construção da doca nº2 do Porto de Leixões. Em 1956 a restante propriedade é arrendada pela Comissão de Turismo da Câmara Municipal de Matosinhos para a criação do “Parque da Vila”, sofrendo durante a década de 60 importantes melhoramentos coordenados pelo arqº Fernando Távora onde se destaca o campo de ténis e a piscina (da autoria do arqº Siza Vieira).
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