O início da sua construção data do ano de 1577 em estilo maneirista. A frontaria monumental é composta por dois registos, e nela se acumulam frontões, entablamentos, cornijas pilastras e janelas. No primeiro rasgam-se três portas com frontões, sendo a do meio decorada com um portal formado por colunas coríntias gémeas assentes sobre pedestais e por um entablamento com pedras no friso. No alto vêem-se dois nichos vazios, nos extremos duas janelas, e a meio a divisa da Companhia de Jesus, com separação feita por pilastras toscanas. No segundo registo, ao centro, podemos ver uma janela e por cima o brasão de Frei Luís Álvares de Távora, a rematar este conjunto a Cruz de Malta sobre um pedestal. De ambos os lados encontramos nichos vazios, por cima destes janelas e a rematar, frontões interrompidos sustentados por colunas jónias, dos quais rompem pirâmides. As partes externas do edifício pertencem às torres, cobertas com grandes volutas e cúpulas em tijolo.
No interior a nave apresenta-se coberta por uma abóbada de granito, de volta perfeita e em caixotões. As paredes são sustentadas por largas pilastras toscanas, com nichos escavados no topo, onde se encontram as imagens dos Evangelistas e dos Apóstolos, em barro pintado.
Pilastras clássicas enquadram o arco triunfal. Sobre o entablamento, de cornija muito saliente, ergue-se até à abóbada um frontão complexo, decorado com motivos jesuítas e flamengos e interrompido pelo nicho de São Lourenço.
A capela-mor é coberta por uma abóbada também de caixotões, que contêm cartelas guarnecidas com pedras. Nas paredes vêem-se pilastras jónicas de fuste canelado e, entre elas, estuques decorativos. Existe também nesta capela um painel da autoria de João Baptista Ribeiro e a imagem de Santo Inácio, única na cidade. Na sacristia, com tecto de madeira apainelada, existe um retábulo e quatro quadros emoldurados com boa talha rococó, de finais do século XVIII.
Construída no século XIV (1345), a igreja do convento de Corpus Christi de Gaia, de religiosas dominicanas, conheceu uma degradação gradual provocada pelas constantes cheias do rio Douro, o que originou a edificação de um novo templo, desenhado pelo Padre Pantaleão da Rocha de Magalhães, na segunda metade do século XVII . Este arquitecto foi responsável por várias obras no Porto e arredores, a primeira das quais o Corpus Christi.
A nova igreja das dominicanas de Gaia, de planta centralizada octogonal (com capela-mor rectangular e profunda, e dois coros sobrepostos, do lado oposto), repete o modelo do templo lisboeta do convento do Bom Sucesso de Belém, concluído em 1670 e pertencente à mesma ordem. Esta opção planimétrica integra Corpus Christi no conjunto de igrejas de planta centralizada que tomaram um modelo "quase" abandonado desde a primeira metade do século XV e que conheceu grande fortuna a partir de 1640, principalmente nas obras directamente relacionadas com o círculo da Rainha D. Luísa de Gusmão. Por outro lado, denuncia a concepção centralizada, subjacente à edificação das igrejas das religiosas dominicanas entre o início do século XVI e o final do século XVII, e que Paulo Varela Gomes tem vindo a relacionar com a liturgia motivada pelo culto e devoção particular dos dominicanos ao Santíssimo Sacramento, ou ainda com a tipologia dos sacrários, a partir do Concílio de Trento colocados, preferencialmente, em lugar de destaque no altar-mor. À luz do exposto, a invocação do convento de Gaia "impunha" uma planimetria centralizada, plena de simbolismo e eficácia litúrgica.
O templo resultante do traço de Pantaleão da Rocha de Magalhães, cujas obras tiveram início em 1675 e se prolongaram até ao final do século, tem sido considerado uma interpretação menor do modelo lisboeta, uma vez que muitas das soluções revelaram alguns problemas, principalmente ao nível da ligação dos coros, de planta rectangular, a uma igreja poligonal. Esta questão acabaria por ser resolvida entre 1677 e 1680, mas pelo pedreiro Gregório Fernandes, responsável pelo alargamento das paredes do coro, que em planta sugerem uma tenaz a segurar o polígono da igreja. Num dos braços dessa tenaz encontra-se uma construção de três arcos, que veio solucionar o problema da regularização do pátio, e "esconder" a escadaria de acesso à divisão que liga a igreja aos coros.
No interior, destaque para o cadeiral do coro em talha, que remonta à segunda metade de Seiscentos, onde sobressai a expressividade de determinadas máscaras e animais. A pintura e a imaginária que decoram a igreja (tecto do coro alto, espaldar do cadeiral e retábulos), apresentam uma iconografia que se enquadra nas temáticas da Ordem. Representam santos dominicanos acompanhados de outros que não pertencem à Ordem, mas que se enquadram na espiritualidade da época, destacando-se três devoções principais - o Santo Rosário, o nome de Jesus e a Eucaristia.
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