A cerca de 500 metros do Mosteiro de Pombeiro de Ribavizela, no terreiro fronteiro ao cemitério, junto do caminho de acesso ao cenóbio, levanta-se este cruzeiro. É também conhecido como cruzeiro do Passal, designação dada aos terrenos de serventia das igrejas e casas paroquiais, como seria o caso deste local. O monumento funciona, de facto, como cruzeiro de adro do mosteiro. Ergue-se no centro de uma área empedrada, sobre soco de cinco degraus quadrangulares, de aresta, constando de base, coluna e remate com a cruz. A base é um bloco prismático de secção quadrangular, com molduras crescentes no topo e na zona inferior, sobre o qual assenta a coluna. Esta é cilíndrica e lisa, elevando-se a cerca de sete metros de altura, e rematada por pequena peça tronco-cilíndrica, encimada pela cruz, de quatro braços iguais, rematados por pequenos motivos vegetalistas.
O cruzeiro pode ter sido construído no século XVII, talvez mesmo durante a campanha de obras desenvolvida por Frei José de Santo António Vilaça, que chegou ao Mosteiro em 1770, e por cuja iniciativa foi renovado o interior da Igreja e construídos vários altares em talha.
Unhão é um importante templo do Vale do Sousa, que reflecte bem a importância e o alcance do processo de povoamento desta região em pleno século XIII. Um primitivo templo foi sagrado pelo Bispo de Braga em 1165, mas o que hoje podemos observar corresponde certamente a uma reforma posterior verificada nas primeiras décadas do século XIII - ou a um continuado e lento processo edificador iniciado nesse ano de 1165?
É um templo de modestas proporções, de nave única e capela-mor rectangular, cujo principal motivo de interesse reside no seu portal principal. Este é inscrito em gablete e compõe-se de quatro arquivoltas de arco de volta perfeita, decoradas com motivos geométricos e vegetalistas (a exterior em forma de moldura de enxaquetados), que enquadram um tímpano preenchido com a típica cruz vazada de tradição bracarense.
O interior foi bastante enriquecido nos séculos XVIII e XIX, salientando-se os retábulos que ladeiam o arco triunfal e o retábulo-mor, de talha dourada a denunciar a sua datação setecentista. O restauro do conjunto ocorreu nos anos 60 do século XX e, por ser já relativamente tardio, não impôs uma unidade de estilo tão marcante como em outros monumentos românicos. Foi assim que sobreviveram os retábulos e demais espólio da época moderna, contribuindo para que se evidencie a história do monumento, em vez de ele surgir aos nossos olhos cristalizado num determinado período estilístico.
Implantado junto ao Santuário do Bom Jesus de Barrosas, o cruzeiro com a mesma invocação constituía não apenas um sinal de fé, mas era também parte integrante das cerimónias religiosas que se realizavam no santuário, nomeadamente das procissões que envolviam o cruzeiro no seu percurso. Por exemplo, a romaria do Espírito Santo, realizada entre 24 e 27 de Maio foi uma das mais concorridas da região.
Ao contrário de muitos outros cruzeiros que se caracterizam pela depuração das suas linhas, o do Bom Jesus de Barrosas pauta-se por uma enorme carga decorativa e pelo grande valor escultórico de todos os seus elementos. Sobre um conjunto de quatro degraus, ergue-se o plinto de secção quadrada, em cujas faces são exibidas cartelas. Sobre uma delas, a data de 1724 indica, muito possivelmente, o ano da edificação do cruzeiro. A coluna, de fuste estriado, apresenta o terço inferior com motivos de pontas de diamante e é rematada por um capitel coríntio. Sobre este, uma esfera com decoração vegetalista e a cruz exibe, numa das faces, a imagem de Cristo crucificado.
Foto: Retratos e Recantos
Texto: (IPPAR)
O conjunto formado pelo largo onde se inscreve o santuário do Bom Jesus de Barrosas, com a respectiva igreja e cruzeiro impõe-se na malha urbana pela volumetria e dimensão dos seus elementos, mas também pelas diferenças de cotas entre eles. Para além do cruzeiro que, junto ao templo, prolonga para o exterior as manifestações religiosas (consultar neste site a ficha com a designação - Cruzeiro do Bom Jesus de Barrosas ), é a igreja que mais se destaca.
As origens deste santuário de vocação cristológica encontram-se na visão de um pastor, de seu nome Domingos França, a quem Cristo se teria manifestado. Em consequência deste milagre, o pastor mandou construir, em 1672, a expensas suas, uma pequena capela para a qual o seu irmão veio a adquirir uma imagem de Cristo Crucificado, executada por um escultor de Barcelos (hoje no cemitério atrás da igreja).
A muita devoção ao Bom Jesus de Barrosas levou a que o templo primitivo se revelasse demasiado pequeno pelo que, no último quartel do século XVIII, foi construída a igreja que hoje se conhece. Não se sabe ao certo em que anos foi erguida, mas a data de 1798 presente nas grades do adro ajudam a balizar a edificação, datando certamente uma fase final da campanha de obras, isto é, de arranjos na envolvência. A igreja é envolta por um adro gradeado, apenas aberto em frente do portal principal, com escadaria de acesso.
Por outro lado, uma observação mais atenta da fachada denuncia, muito possivelmente, intervenções de épocas distintas, pois as torres apresentam cada uma um remate diferenciado: a da esquerda em coruchéu e a da direita bolbosa e encimada por cruz. Estas são ligeiramente recuadas em relação ao pano central, marcado por pilastras laterais e pela abertura do portal, envolvido por uma moldura que se prolonga até à janela de sacada do coro alto, envolvendo-a e elevando-se até à base do frontão triangular com que o alçado termina. As fachadas laterais são ritmadas pela abertura de janelas ao nível do registo superior, ganhando maior expressão no interior da igreja, profusamente iluminada. A estes vãos, com sanefas de talha dourada, correspondem, quer na nave quer na capela-mor, diferentes capelas e os púlpitos, todos eles também com sanefas de talha dourada. As abóbadas são pintadas.
A capela-mor, pouco mais estreita do que a nave, e com a qual se articula através de arco de volta perfeita revestido por talha, apresenta parede fundeira totalmente ocupada pelo retábulo, dominado pela tribuna, muito alta. Esta campanha de talha remonta, também, à segunda metade de Setecentos.
Na envolvente da igreja, no adro e na cota mais baixa, as casas da povoação encontram-se adossadas a esta estrutura, com destaque para a casa onde funcionou o Julgado de Paz, de fachada longitudinal aberta por quatro portas ligadas a janelas de sacada no piso nobre e um brasão central.
Situado a Norte da região do Vale do Sousa, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Felgueiras destaca-se, não apenas pela beleza natural das suas paisagens, como pela centralidade geográfica que assume e que justificou o lançamento, ao tempo do domínio romano, de várias vias que ligavam importantes localidades da Península Ibérica, de entre as quais a que ia de Bracara Augusta (Braga) a Aqua Flaviae (Chaves), passando por Ciada/Caladuno, posteriormente reutilizadas nos tempos medievos, numa comprovação da sua valência.
Embora mais conhecido por edifícios de monumentalidade semelhante ao do Mosteiro de Pombeiro, o termo de Felgueiras possui exemplares arquitectónicos distintivos de várias épocas e estilos, numa evidência da sua relevância ao longo dos tempos e, em especial, durante a construção da nacionalidade, a par de testemunhos de uma vivência anterior, como no caso da "Igreja de Santa Maria de Airães", erguida num adro lajeado a granito, no Lugar do Mosteiro.
Com referências documentais que apontam para a sua existência em finais da primeira centúria do novo milénio, é de 1184 a data hipoteticamente inscrita numa pedra entretanto desaparecida do púlpito, embora referida nas primeiras décadas de setecentos por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck (1673-1736), descendente de Peeter van Craesbeeck (1572-1632), tipógrafo que se instalou em Lisboa refugiado das lutas religiosas que assolavam a Antuérpia.
Remodelado entre os séculos XIII e XIV, o templo foi, então, dotado de elementos arquitectónicos e gramática decorativa filiados no gótico, remontando a esta mesma campanha de obras o alargamento do seu interior que passaria de uma a três naves, até que o movimento barroco acrescentou à capela-mor o revestimento com painéis azulejares (ainda que de padrão seiscentista policromos a azul e amarelo,) que podemos observar nos nossos dias, assim como o altar central e sacrário de talha dourada e profusamente decorados com motivos fitomórficos, para além dos próprios retábulos colaterais, executados em talha policroma, com copiosa decoração composta dos mesmos elementos fitomórficos, a par de concheados.
Dedicada a Santa Maria e preservando ainda inúmeros elementos do seu ciclo primitivo de construção, a igreja, de planta longitudinal, exibe, lateralmente, sacristia e torre sineira (de acesso exterior), penetrando-se no seu interior através de portal principal de quatro arquivoltas perfeitas apoiadas em impostas assentes em colunas de fuste liso, mas de capitéis e bases lavradas com motivos vegetalistas e círculos enlaçados.
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