Quarta-feira, 4 de Março de 2009

Fonte do Ouro - Lordelo do Ouro - Porto

 


Designação

Fonte do Ouro

 

Localização

Porto, Porto, Lordelo do Ouro

 

Acesso

R. do Ouro

 

Enquadramento

Urbano, adossado a muro de suporte da Cç. do Ouro, em aparelho irregular de granito. A O., também adossada ao muro, escadaria de dois lanços, de granito com guarda de ferro, de acesso à mesma calçada. Implanta-se na rua marginal do Douro, desenvolvendo-se a N., na Cç. do Ouro, largo arborizado, de forte pendente. Na proximidade, localiza-se um urinol de ferro.

 

Descrição

Fonte com espaldar voltado a S., enquadrado por pilastras nos extremos e corpo central quadrangular destacado, coroado por cornija contínua saliente do muro envolvente. Espaldar em aparelho regular de granito, apresentando no corpo central, bica partindo de um suporte semicircular, encimada por inscrição gravada "Fonte do Ouro". Em cada um dos panos laterais, bica semiesférica. Ao espaldar adossa-se tanque rectangular de bordo recto revestido a chapa de ferro, possuindo nos extremos, sob as bicas laterais, dois suportes constituídos por arcos de ferro paralelos para colocação de vasilhas.

 

Descrição Complementar

INSCRIÇÃO: No muro de suporte, a que se adossa inscrição gravada "Restaurada em 1940".

 

Utilização:

Equipamento: Fonte

 

Época Construção

Séc. 19 (conjectural)

 

Tipologia

Arquitectura civil de equipamento, neoclássica. Fonte de espaldar, delimitado por pilastras, com parte central quadrangular avançada, coroamento em cornija destacada, três bicas simples e tanque rectangular adossado. Apresenta uma composição clássica, com eixo de simetria e formas geométricas simples.

 

Características Particulares

Apresenta inscrição gravada que permite a sua identificação e data também gravada alusiva à data de restauro.

 

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

 

Materiais

Granito no espaldar, bicas e tanque; cobre nas bicas.

 

Bibliografia

PACHECO, Helder, Porto, Lisboa, 1984; SILVA, Germano da, Fontes e Chafarizes do Porto, Porto, 2000.

 

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

 

Intervenção Realizada

CMP: 1940 - Restauro da fonte.

 

Observações

Primitivamente, a fonte era abastecida por água que nascia ao cimo da Calçada do Ouro, sendo a mina por onde corria a água conhecida por Mina do Ouro ou da Cardosa.

 

Autor e Data - Isabel Sereno 1996 / Patrícia Costa 2005 – IPA/DGEMN

 


 


 


publicado por MJFSANTOS às 06:57
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Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009

Palacete do Visconde de Vilar de Allen - Lordelo do Ouro - Porto

 

 


Foi mandada construir, nos últimos anos da década de 1920, pelo 3º Visconde de Villar d'Allen para sua residência, coincidindo com uma época em que o Porto assistia ao surgimento de uma série de palacetes, que imprimiram à cidade uma marca burguesa. Com ligações à Casa Ramos Pinto (através de laços matrimoniais e comerciais), Joaquim Ayres de Gouveia Allen, engenheiro de formação e cônsul da Bélgica no Porto, é definido como um "misto de aristocrata e capitalista". O projecto para a sua casa de habitação foi concebido pelo arquitecto José Marques da Silva (1869-1947).

Os primeiros desenhos estavam concluídos em Abril de 1927, mas o casal Allen foi introduzindo múltiplas alterações ao projecto inicial que, de forma genérica, se prendiam com o hall de distribuição do espaço interno e com a localização da capela, que se pretendia de acesso directo ao exterior, sendo que todas estas questões acabaram por se reflectir na própria concepção das fachadas, também sucessivamente alteradas. Na sua Dissertação de Doutoramento, António Cardoso analisa este programa, considerando o Petit Trianon, de Versalhes, como o modelo principal da Casa Allen, numa escolha cuja responsabilidade imputa ao encomendador, e da qual resultou uma "imagem mitigada e adulterada de um Petit Trianon, agora portuense, numa linguagem academizante e involutiva".

A planta estrutura-se em torno do hall central, a que se acede através da fachada principal, virada para a rua, e da fachada Sul, cuja monumentalidade acaba por inverter a importância dos alçados, quase anulando o principal. A capela abre-se no alçado Norte, que se articula em três corpos diferenciados.

Ambas as fachadas, de aparelho rusticado, caracterizam-se pela simetria na abertura dos vãos, pelos remates em platibanda, que quase cobrem o telhado, e pelos pórticos, numa linguagem de cariz neoclássico. De acordo com António Cardoso, reside na concepção destes alçados, de leitura equívoca em relação ao interior, uma das novidades do projecto: "a suposta ambiguidade das fachadas significava, afinal, a sua visão totalizadora, uma nova concepção do projecto, e uma nova forma de abordagem". Os jardins, que aproveitam três frentes da casa, distribuem-se da seguinte forma: na entrada e na área lateral Sul, respeitam um esquema racional, e na zona posterior invocam a influência inglesa.

Naturalmente, os projectos para habitações particulares revestem-se de algumas pré determinações, impostas pelos proprietários; facto de grande significado para a análise e contextualização da obra. No que respeita à Casa Allen encontramos vários destes particularismos e, quer de um ponto de vista da integração do edifício no conjunto de obras de Marques da Silva, quer num contexto da própria cidade, a verdade é que o imóvel acaba por se salientar, reflectindo o gosto do seu encomendador. De facto, os eclectismos, e neste caso, os de sabor neoclássico, prolongaram-se, no nosso país, até à década de 1920 mas, de acordo com António Cardoso, a marca ecléctica e neoclássica da Casa Allen constituiu uma expressão academizante no conjunto da obra de Marques da Silva. Por outro lado, nestes anos 20, o imóvel é quase uma excepção na própria dinâmica de opções arquitectónicas da cidade do Porto. Muito embora possamos encontrar pontos de contacto com a Casa de Serralves, do mesmo autor, as linhas art déco desta última assumem-se como um dos mais significativos exemplos desta estética no nosso país, afastando-se dos modelos da Casa Allen. Em todo o caso, não deixa de constituir um importante marco arquitectónico e urbanístico da cidade do Porto.

Mais recentemente, em 1991, foi construída, nos seus jardins, a Casa das Artes, projecto do Eduardo Souto Moura (com data de 1980). A qualidade desta arquitectura, com as características fachadas cegas deste autor, mas abrindo-se para a cidade com a fachada em vidro, a Norte, mereceu a Souto Moura o Prémio Secil.

Fonte: (RC) / IPPAR


publicado por MJFSANTOS às 07:18
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Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2007

Capela Senhor e Senhora da Ajuda - Lordelo do Ouro


Não se conhece o ano da edificação da capela do Senhor e Senhora da Ajuda, nem o seu fundador, mas em 1706 já Frei Agostinho de Santa Maria alude à ermidinha da Ajuda (SANTA MARIA, 1707-1723) , tal como o Padre Carvalho da Costa , em data próxima (CARVALHO DA COSTA, tomo I). A capela deverá portanto, remontar ao final do século XVI ou início do XVII. No entanto, as obras realizadas nos anos de 1919-1920 alteraram profundamente a traça primitiva.
À ermida original deverá corresponder actualmente apenas a capela-mor, sendo que uma pequena dependência que funcionava como sacristia foi demolida no início do século XX para erguer a torre, consistório e sacristia.
De linhas arquitectónicas simples, a capela articula três espaços - nave, capela-mor e sacristia -, profusamente decorados. A nave integra o coro-alto e um púlpito, e o tecto em abóbada de berço com caixotões, apresenta telas representando episódios da vida de Jesus e de Nossa Senhora. No arco cruzeiro, que ostenta lateralmente figuras de anjos esculpidas em madeira e uma sanefa, observam-se dois altares: o do lado da epístola invoca Santo António de Lisboa e o do lado do Evangelho é dedicado a São Francisco Xavier. A capela-mor, totalmente revestida com talha dourada, contrasta fortemente com a relativa simplicidade da nave. No altar-mor, também de talha dourada, observam-se os patronos da capela - o Senhor da Ajuda na edícula, ladeado pelas imagens de Nossa Senhora e São João e, pela da Senhora, num nicho envidraçado ao centro do retábulo. Nas paredes da capela-mor, quatro telas representam a lenda do aparecimento de Nossa Senhora a Catarina Fernandes, uma lenda justificativa da construção da capela; e outros dois reproduzem episódios do transporte da imagem do Senhor da Ajuda para a capela do Lordelo.
Fonte: IPPAR


publicado por MJFSANTOS às 00:00
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