Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Igreja de São João Baptista ou Matriz de Vila do Conde

Foto: SergioPT


A primitiva matriz de Vila do Conde, um edifício medieval de que não resta qualquer vestígio, situava-se no Monte Castro de São João, fora do perímetro urbano. Cerca de 1496 foi ordenado que se edificasse uma nova igreja no Campo de São Sebastião, cuja obra ficou a cargo do mestre biscainho João Rianho.

Durante a sua peregrinação a Santiago de Compostela em 1502, D. Manuel I ficou hospedado em Vila do Conde, e no regresso da viagem enviou uma carta para a edilidade local onde concedia financiamento à obra e enviava uma planta com a traça do novo templo.

Na primeira fase de edificação empreendeu-se a construção da cabeceira, terminada em 1506, e a abóbada da abside, colaborando na campanha o mestre Gonçalo Anes e o biscainho Rui Garcia de Penagós, que em 1509 dirigia a fábrica de obras.

No ano de 1511 a direcção das obras era entregue ao arquitecto João de Castilho, e no ano de 1515 a estrutura estava terminada, abrindo-se ao culto três anos depois.

De planta em cruz latina, composta por três naves de diferentes alturas e cabeceira tripla, a Matriz de Vila do Conde repete o módulo das hallenkirchen manuelinas, de que fazem parte, entre outros, os templos de Freixo de Espada à Cinta, Arronches, ou Azurara (LEITE, 2005, pp. 103-104).

O grandioso portal axial trilobado, obra de João de Castilho, profusamente ornamentado, ladeado por contrafortes e pináculos com cogulhos vegetalistas, dá "um novo tom à edificação" manuelina, sendo o seu modelo repetido no templo de Azuaga, perto de Badajoz (PEREIRA, 1995, pp. 67-68).

Do lado esquerdo da fachada, João Lopes o Moço ergueu em 1573 a torre sineira quadrangular (REIS, 2000, p. 166), cuja maciça estrutura pouco ornamentada e excessivamente vertical sobressai no ritmo da frontaria.

No interior destaca-se a cobertura da capela-mor, em abóbada de "combados" da autoria de Castilho, e as abóbadas dos absidíolos, uma com lanternim e outra decorada com baixos relevos que apresentam vestígios de policromia. As duas capelas abertas no transepto, de edificação quinhentista, possuem retábulos de talha dourada barroca e azulejos seiscentistas.

Texto: Catarina Oliveira - IPPAR/2006


Foto: Paulo Almeida Fernandes (2006) - IPPAR


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Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008

Igreja de Santa Maria de Azurara ou Igreja Matriz - Vila do Conde

Foto: Phobos


Constituída como paróquia em 1457, a povoação de Azurara existia já desde o reinado de D. Afonso III, integrando então a freguesia de Pindelo. Depois da desanexação da paróquia de São Salvador de Canidelo, a Capela de Nossa Senhora da Apresentação passou a acolher as cerimónias religiosas da nova freguesia.

No entanto este templo cedo se mostrou insuficiente para albergar toda a população local, pelo que em 1502 o povo de Azurara, aproveitando a passagem de D. Manuel por aquelas terras quando este se dirigia a Compostela, pediu ao rei permissão para edificar uma nova igreja paroquial.

A construção da nova matriz, dedicada a Santa Maria a Nova, ter-se-á iniciado nesse mesmo ano, tendo sido provavelmente terminada em 1522, data de conclusão do espaço da capela-mor. O edifício resultante assemelha-se muito à matriz de Vila do Conde, edificada na mesma época, embora esta apresente uma estrutura mais imponente.

O conjunto evidencia-se por algum ecletismo, derivado certamente da longa campanha de obras de que resultou a sua edificação. A estrutura manuelina, de grande sobriedade, é decorada com um portal principal decorado com motivos de grotesco , cujo conjunto é rematado por um nicho com a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, vinda da primitiva capela de Azurara com a mesma designação. Este conjunto de linguagem ao romano derivou certamente dos modelos traçados na Matriz de Caminha, e que a partir das primeiras décadas do século XVI se alastraram a todo o Noroeste português.

Do lado esquerdo da fachada foi construída no final do século XVII a torre sineira, com balcão no segundo registo e oito aberturas sineiras no topo, cujo modelo é decalcado da torre da matriz de Vila do Conde, edificada pelo mestre João Lopes o Moço durante a década de 80 do século XVI. A estrutura exterior das naves é rematada superiormente por uma linha de ameias, e a cabeceira encontra-se flanqueada por quatro contrafortes.

O interior é composto por três naves de cinco tramos marcados por arcos de volta perfeita assentes em pilares lavrados com motivos vegetalistas. A capela-mor, de planta quadrada, é coberta por uma abóbada de nervuras de gosto manuelino, concluída em 1522 pelo mestre Gonçalo Lopes, conforme nos indica a inscrição feita junto à mesma.

No programa decorativo interior destacam-se ainda o revestimento azulejar da cabeceira, datado do século XVIII e proveniente da oficina de António Rifarto (Idem, ibidem) e as pinturas retabulares. Os altares das naves laterais apresentam pinturas quinhentistas, salientando-se os painéis maneiristas do retábulo de Nossa Senhora do Rosário, pintados cerca de 1574 por Francisco Correia. O actual retábulo da capela-mor foi executado em 1720 pelo entalhador Francisco Machado.


 

Texto: Catarina Oliveira - IPPAR 2005


publicado por MJFSANTOS às 07:53
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Sábado, 29 de Novembro de 2008

Igreja Matriz de Espinho ou - Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda - Espinho

Foto: DGEMN


Igreja Paroquial dedicada a N. Sra. da Ajuda, a Matriz de Espinho é um templo que veio substituir a antiga Capela da Praça Nova, numa área que foi invadida pelo mar.

É uma obra moderna da responsabilidade do arquitecto Adães Bermudes, iniciada em 1930 sob a vigência do Padre Joaquim Teixeira Silva Amaral. Trata-se de uma construção ao gosto da época, com sabor revivalista neo-românico.

Este templo caracteriza-se pela boa combinação dos elementos de inspiração românica e as necessidades contemporâneas.

A volumetria da fachada é marcada pela imponente torre sineira central, precedida por pequena escadaria de acesso ao portal nobre. Este é constituído por arco de volta perfeita, contornado por composição rendilhada, encimado por frontão triangular e rematado por cruz latina. Segue-se-lhe o pano intermédio, composto por elevado vão em arco de volta perfeita, encerrando no tímpano o relógio. Este é separado inferiormente por moldura denticulada; abaixo dela abre-se um óculo, sob o qual está uma janela geminada, também em arco "românico", enquadradas por arco pleno. À altura destas janelas rasgam-se duas frestas laterais, encimadas por um arco de volta perfeita. Os corpos laterais terminam em frontão rectilíneo que enquadra a torre, sobre friso entrelaçado e com o centro a cheio.

A torre quadrangular apresenta três aberturas em cada face, enquadradas por molduras ressaltadas e ornadas com o mesmo tipo de friso. As ventanas desenvolvem-se em arcaria nos panos da torre e os ângulos são vincados por cunhais fenestrados, rematados por pináculos em socalcos. A coroar o coruchéu piramidal encontra-se uma imagem da Virgem Maria. Lateralmente, rasgam-se largos óculos colocados nos topos dos transeptos. Os vitrais das janelas são do século XX (1949), da autoria de Silvério Vaz, com a colaboração do arquitecto Inácio de Sá.

Interiormente, o templo projecta-se em nave única e ampla que se desenvolve, lateralmente, por uma arcaria. Esta, na zona inferior, estabelece capelas, abrindo-se no piso superior diversas janelas. É de salientar a segunda capela do lado direito pelo Cristo crucificado de grandes dimensões, uma notável escultura de madeira policroma da autoria de Teixeira Lopes. Na sua concepção estilística, esta imagem filia-se numa outra idêntica que está na Casa-Museu de Gaia. O Cristo crucificado tem como pano fundeiro uma excelente tela do pintor Joaquim Lopes, onde trata de diferente forma o tema das Almas do Purgatório - à direita, um anjo a libertá-las e, à esquerda, a Senhora do Carmo a interceder por elas.

Merecedora de atenção é também uma escultura quatrocentista de pedra de Ançã, de oficina coimbrã, representando S. João Evangelista e que está posta na sacristia.

Texto:  Infopédia

Mais informações em: DGEMN 


publicado por MJFSANTOS às 07:32
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Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008

Igreja Matriz da Póvoa do Varzim

 

Foto: Retratos e Recantos


Invocada pelos poveiros como protectora dos pescadores, Nossa Senhora da Conceição veio substituir, no primeiro quartel do século XVII, a primitiva dedicação da freguesia a Santa Maria de Varzim. Por sua vez, esta encontrava-se já autonomizada da paróquia de Argivai desde, pelo menos, a primeira metade do século XVI, e a sua primitiva ermida, românico-gótica, dedicada ao Apóstolo São Tiago, havia sido objecto de uma campanha de obras quinhentista.

O templo que hoje conhecemos foi inaugurado em 1757, e à sua edificação encontram-se ligados os nomes de importantes arquitectos, como é o caso de Manuel Fernandes da Silva. Natural de Braga, este mestre pedreiro foi responsável por intervenções arquitectónicas em edifícios tão significativos como o Hospital de São Marcos ou a Igreja e Nossa Senhora do Pópulo, em Braga. A obra da Póvoa de Varzim foi arrematada em 1742, sob projecto de Manuel Fernandes da Silva, lançando-se a primeira pedra a 18 de Fevereiro do ano seguinte. A sua morte, em 1751, levou à contratação de novos mestres pedreiros, a saber, Domingos da Costa, José Fernandes Lucas e João Moreira, que dirigiram as obras até à sua conclusão, embora todo o edifício estivesse já em fase adiantada.

A fachada, definida por pilastras, divide-se em três panos, correspondendo os dos extremos às torres sineiras que enquadram o corpo central. Aqui, abre-se o portal principal, encimado pelo brasão régio a que se sobrepõe um nicho flanqueado por aletas, que exibe a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Ladeiam-no duas janelas com frontões triangulares interrompidos. Após a cimalha, esta secção é rematada por um frontão de aletas, contracurvado, com cruz na empena.

No interior, de nave única coberta por abóbada de berço, e com transepto pouco profundo, ganham especial relevância os nove altares de talha dourada, barroca e rococó, boa parte dos quais de invocação mariana. Na verdade, a iconografia do templo denota a unidade e a importância do culto da Virgem nesta localidade, pois são em grande número as imagens de Nossa Senhora. Também no retábulo-mor, de talha rococó, a tribuna é preenchida por uma tela representando a Imaculada. Para além do já referido Manuel Fernandes da Silva, outro artista bracarense parece estar ligado à matriz da Póvoa: André Soares, a quem Robert Smith atribuiu o risco dos retábulos.

Uma referência ainda para José Rodrigues, também natural de Braga, que executou os sinos, em número de cinco, segundo contrato com data de 1753.

A arquitectura barroca, onde já se percebe a emergência de uma linguagem de características rococó, impera neste amplo templo, que domina o largo onde se encontra implantado, marcando a vocação marítima da cidade e a protecção de Nossa Senhora às gentes do mar, em complementaridade com a capela existente na fortaleza.

 

Texto: (Rosário Carvalho) / IPPAR


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Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Igreja de São Martinho ou Matriz de Penafiel

No local onde presentemente está implantada a Igreja de São Martinho, matriz de Penafiel, existiu até meados do século XVI a Capela do Espírito Santo, um templo edificado na Idade Média e reestruturado no início da centúria de Quinhentos. A reedificação da ermida medieval foi custeada por João Correia, mercador da vila, que mandou erigir uma estrutura manuelina (idem, ibidem), dotando o templo de diversos artefactos decorativos, nomeadamente um retábulo oriundo da Flandres.

Na segunda metade do século XVI deu-se início à construção da nova igreja matriz, uma vez que a sede de paróquia do Julgado de Penafiel havia sido transferida de São Martinho de Moazares para o lugar de Arrifana do Sousa. Desta forma, a Capela do Espírito Santo foi demolida, sendo aproveitado o espaço da capela-mor, utilizado no novo templo como capela funerária. No ano de 1561 tinham-se já iniciado as obras de edificaçãoda matriz, que decorreram até 1570, data inscrita no portal principal.

O templo de São Martinho foi construído segundo o modelo de igreja-salão , muito comum na arquitectura religiosa portuguesa construída na segunda metade do século XVI. A sua estrutura, implantada longitudinalmente, desenvolve-se numa planimetria de três naves com quatro tramos, cujos arcos formeiros se apoiam em colunas jónicas.

O frontispício apresenta um modelo de fachada-retábulo de gosto maneirista, de linhas austeras e despojadas, que a partir da década de 60 de Quinhentos foi bastante utilizado nas grandes obras religiosas edificadas no Alto Minho.

O portal é enquadrado, a cada lado, por pares de colunas jónicas e encimado por entablamento decorado com motivos geométricos. Sobre este, o habitual nicho foi substituído por uma pintura que representa São Martinho repartindo a sua capa, ladeada por duas cartelas inscritas com as datas 1561 e 1570, que possivelmente se reportam ao início das obras do templo e à sua sagração, respectivamente. Sobre este registo foi aberto um óculo inserido numa cartela roll werk . De cada um dos lados do conjunto retabular do portal foram rasgadas duas janelas. O conjunto da fachada é rematado em empena, e do lado esquerdo, embebida pela estrutura do corpo da igreja, foi edificada a torre sineira.

No interior destaca-se a capela do Senhor dos Passos, que corresponde à antiga capela-mor da ermida do Espírito Santo, coberta por abóbada estrelada, e que alberga a pedra tumular de João Correia. A capela-mor, cujo espaço foi ampliado em 1694, alberga um grande retábulo rocaille dourado.


Texto: IPPAR - C. O.

 


 


publicado por MJFSANTOS às 02:37
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Quinta-feira, 10 de Abril de 2008

Igreja Matriz de Soalhães - Marco de Canaveses


O território abrangido na actualidade pelo município de Marco de Canaveses possui variados testemunhos da passagem de diferentes comunidades humanas ao longo dos tempos, certamente atraídas pelos excelentes recursos cinegéticos que sempre proporcionou à sua sobrevivência e fixação, como comprovam exemplarmente as escavações realizadas na "Área Arqueológica do Feixo". Disso são exemplo a fertilidade dos seus campos, irrigados por inúmeros recursos hídricos, que acabaria por ditar a principal actividade económica das populações neles residentes, ou seja, a agricultura. E foi a par desta característica, que a localização privilegiada da região lhe permitiu acolher algumas das mais importantes feiras medievais do território português, cuja realização era sobremodo facilitada pelas diferentes vias que atravessavam o seu termo.

Uma particularidade que enraizaria já em pleno período medieval, ao longo do qual se ergueram múltiplos edifícios, com destaque para os solares brasonados.

Mas foi também o caso de templos construídos antes do início do processo de formação da nacionalidade, assim como durante a sua consolidação, como testemunha a "Igreja Matriz de Soalhães" erguida junto ao cemitério paroquial.

Erguida no convento beneditino instituído entre os séculos IX e XI, extinto antes de 1245 por D. Sancho II (1209-1248), e convertido em abadia secular na centúria de XIII, a igreja terá sido remodelada já em trezentos.

Construído em granito, o templo, de nave única e tecto coberto por 91 caixotões pintados de madeira (à semelhança do que sucede na capela-mor), apresenta as paredes interiores revestidas, até meio da altura, a azulejo de padrão azul e branco, resultante da intervenção realizada já no século XVIII, prolongados por duas séries de baixos relevos de madeira, pintados e dourados, com imagens da Paixão de Cristo, da Via Sacra e da vida do orago, São Martinho. Um tipo de revestimento de igual modo presente sobre o arco da "Capela das Almas" (situada no lado do Evangelho) e no arco triunfal (exceptuando o intradorso, decorado com temas vegetalistas) que separa a nave da capela-mor que alberga altar neoclássico. Da mesma intervenção barroca data o altar de talha dourada consagrado ao 'Sagrado Coração de Jesus', localizado na nave, no lado da Epístola.

Exteriormente, o alçado principal exibe portal, romano-gótico, axial de duas arquivoltas com capitéis lavrados com motivos vegetalistas sobrepujado por óculo quadrifoliado flanqueado por duas janelas, sendo encimado por cruz pétrea. Quanto à torre sineira, ela foi adossada ao lado esquerdo, possuindo com gárgulas e coruchéu finalizado com fogaréu.


(Foto: eb1-eiro-soalhaes)

(Fonte: IPPAR/A Martins)


publicado por MJFSANTOS às 00:13
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Sábado, 5 de Abril de 2008

Igreja de São Cosme e São Damião ou Igreja Matriz de Gondomar


A Igreja de São Cosme e São Damião ou Igreja Matriz de Gondomar localiza-se na freguesia portuguesa de São Cosme, cidade e concelho de Gondomar, distrito do Porto. Começou a ser construída nos inícios do século XVII e é de estilo barroco.

A Igreja está ladeada por uma torre sineira. Na frontaria destacam-se os nichos das imagens em granito dos santos padroeiros, São Cosme e São Damião. No interior destaque para a talha dos retábulos do Altar-mor e dos altares laterais, a pintura dos caixotões do tecto e a imensa estatuária religiosa com destaque para a imagem da Virgem com o Menino.


(Fotos: Henrique Matos/Wikipédia)

publicado por MJFSANTOS às 00:06
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Terça-feira, 1 de Abril de 2008

Igreja do Salvador - Matriz do Unhão - Felgueiras

 Foto: Fmars 

 


 

 

Unhão é um importante templo do Vale do Sousa, que reflecte bem a importância e o alcance do processo de povoamento desta região em pleno século XIII. Um primitivo templo foi sagrado pelo Bispo de Braga em 1165, mas o que hoje podemos observar corresponde certamente a uma reforma posterior verificada nas primeiras décadas do século XIII - ou a um continuado e lento processo edificador iniciado nesse ano de 1165?

É um templo de modestas proporções, de nave única e capela-mor rectangular, cujo principal motivo de interesse reside no seu portal principal. Este é inscrito em gablete e compõe-se de quatro arquivoltas de arco de volta perfeita, decoradas com motivos geométricos e vegetalistas (a exterior em forma de moldura de enxaquetados), que enquadram um tímpano preenchido com a típica cruz vazada de tradição bracarense.

O interior foi bastante enriquecido nos séculos XVIII e XIX, salientando-se os retábulos que ladeiam o arco triunfal e o retábulo-mor, de talha dourada a denunciar a sua datação setecentista. O restauro do conjunto ocorreu nos anos 60 do século XX e, por ser já relativamente tardio, não impôs uma unidade de estilo tão marcante como em outros monumentos românicos. Foi assim que sobreviveram os retábulos e demais espólio da época moderna, contribuindo para que se evidencie a história do monumento, em vez de ele surgir aos nossos olhos cristalizado num determinado período estilístico.

(IPPAR)

 


 


publicado por MJFSANTOS às 00:54
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