Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Casa e Quinta de Dinis de Cima - Couto (Santa Cristina) - Santo Tirso

Foto: DGEMN: DSID


Situada na freguesia de Couto (Santa Cristina), a Casa de Dinis de Cima, envolta pela quinta à qual pertence, desenvolve-se numa planta em forma de U, que articula os dois volumes de maior destaque: os torreões.

As informações disponíveis sobre este imóvel não permitem concluir se esta é uma edificação de raiz, ou se, pelo contrário, radica numa construção medieval, profundamente alterada pela campanha do século XVIII. Na verdade, as denominadas casa-torre constituíram o modelo preferencial da habitação nobre na época medieval, onde este género de plano, com duas torres unidas por um corpo, foram uma das variantes adoptada e da qual restam alguns exemplos (AZEVEDO, 1969, p. 26). Esta planimetria foi, posteriormente, recuperada pela arquitectura setecentista que, muitas veze,s reedificou as torres originais. Na Casa de Dinis de Cima, e apesar da compartimentação dos alçados por pilastras, estes volumes conservam uma alusão militar, de função apenas decorativa, bem presente nas ameias que rematam quer as torres quer o volume que as une. O próprio portal em ogiva que se abre no muro evoca, também, a linguagem medieval. Menos próprio da época, são os muitos vãos que rasgam estes corpos, com molduras de cantaria de configuração diferenciada.

Assim, e sem abandonar totalmente a possibilidade de aqui ter existido uma outra edificação, bem anterior, certo é que ela foi profundamente alterada no século XVIII. As fachadas do pátio e dos corpos laterais contrastam vivamente com a imagem fortificada observada, ao apresentar um desenvolvimento mais depurado. No alçado mais longo, ganha especial importância a capela, a porta principal, bem como o conjunto formado pelo brasão de armas dos Correia Miranda (com certeza, a família proprietária do móvel) e a fonte. O brasão ocupa um lugar de destaque, ao elevar a linha da cornija, que forma um semicírculo. Por baixo, abre-se uma janela, e no plano térreo, encontra-se a fonte, de tanque rectangular, com espaldar decorado. Duas pilastras encimadas por pináculos, ladeiam a estrutura central, com a bica e, sobre a cornija, um nicho flanqueado por volutas é rematado por frontão curvo.

No interior, bastante alterado, apenas se conservam algumas das coberturas, em masseira.

Texto: (Rosário Carvalho) / IPPAR


Foto: DGEMN:DSID


 


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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008

Quinta da Eira - Bustelo - Penafiel

Situada a 35 km do Porto, em Bustelo - Penafiel, a Quinta da Eira é uma propriedade rural de cerca de 12 hectares, onde o proprietário, Luis Pinto da Silva  adaptou todas as estruturas necessárias à realizacão de programas para diferentes públicos.
Um passeio pelo campo, o contacto com diversos animais, um almoço de amigos, uma corrida de buggies, um jogo de paintball, ou uma vertiginosa descida de slide são, entre muitas, algumas das sugestões propostas.
Um espaço pensado e funcional onde tudo é agradável e animado.
Seja bem vindo à Quinta da Eira...
Diversos pavilhões devidamente equipados têm uma utilização sempre à medida das necessidades especificas de cada público.
Os espaços de lazer foram distribuídos na Quinta de forma a não interferirem com o sossego tão característico do campo que alguns podem compreensívelmente preferir.
O slide, o cenário de guerra para o paintball, a pista de buggies, a carreira de tiro, tudo disposto em pontos chave, por forma a permitir ao visitante escolher a actividade pretendida, numa escala cuja dificuldade, aqui, se torna fácil graduar.

Fonte: Site Quinta da Eira


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Domingo, 26 de Outubro de 2008

Quintas; Parque e Jardins da Cidade do Porto

 

FONTE: @portojo - Outubro 2008


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Sábado, 25 de Outubro de 2008

Quintas, Parques e Jardins da Cidade do Porto

 

 

FONTE: @potojo - Outubro 2008


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Sexta-feira, 6 de Junho de 2008

Casa e quinta da Companhia - Paço de Sousa - Penafiel

A história da Quinta da Companhia, que deve a sua designação à Companhia de Jesus (original possuidora desta propriedade), encontra-se intimamente associada à história do Mosteiro de São Salvador de Paço de Sousa, a partir do século XVI, quando o Cardeal D. Henrique foi abade-comendatário desta casa religiosa. De facto, o futuro regente e rei encontra-se no centro da questão que envolveu os monges beneditinos de Paço de Sousa e os jesuítas.

D. Henrique tornou-se abade-comendatário deste convento em 1535, cargo que trocou, três anos mais tarde, pelo do Mosteiro de Castro de Avelães, regressando a Paço de Sousa em 1560. A cedência dos direitos comendatários à Companhia de Jesus é posterior. No contexto da reforma dos mosteiros de S. Bento, o Papa Pio V ordenou que todas as casas que não pudessem ser reformadas, fossem cedidas a outras ordens, o que veio a acontecer a Paço de Sousa, entregue à Companhia de Jesus, ou mais precisamente, ao colégio do Espírito Santo de Évora, em 1570. Contudo, os beneditinos opuseram-se a esta resolução e, em 1578, o Papa Gregório XIII acabou por anular a anterior disposição, cedendo à Companhia apenas a renda da mesa abacial. Aos beneditinos cabia a posse do mosteiro e a renda da mesa conventual, em todo o caso, bastante inferior à dos jesuítas.

Uma vez que os religiosos de São Bento conservavam as instalações conventuais, os jesuítas viram-se obrigados a construir uma casa professa e respectivo celeiro, que correspondem, hoje, à Casa da Companhia. Os terrenos para concretizar este empreendimento foram trocados com o mosteiro. Com a extinção da Companhia, em 1759, esta propriedade (com os foros da Mesa Abacial) foi adquirida pelo negociante José de Azevedo e Sousa, de Vila Nova de Gaia, que instituiu os bens em Morgado, deixando-o à sua segunda filha. A família manteve a Quinta na sua posse e, na segunda metade do século XIX foi, precisamente, um dos seus descendentes o responsável pelas profundas obras de remodelação da Casa, Diogo Leite Pereira de Melo, fidalgo da casa Real e presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia. Contudo, a intervenção não foi tão vasta quanto o desejava Diogo Leite, uma vez que os planos iniciais não puderam ser cumpridos por falta de recursos financeiros. Com a sua morte a Quinta foi vendida e o novo proprietário realizou uma série de reformas, que incidiram, principalmente, ao nível do interior.

O acesso à Quinta faz-se através de um portão recortado, ladeado por pináculos e coroado por pedra de armas. A fachada principal desenvolve-se em três pisos e é aberta por uma série de vãos, simétricos. O acesso ao primeiro piso é feito através de uma escadaria exterior, de desenho irregular, de lanços convergentes (dois de um lado e apenas um do outro).

Paralela à fachada, encontra-se ainda a capela, de nave única e coro alto que comunica com o piso intermédio do edifício de habitação. O alçado principal deste pequeno templo é flanqueado por duas pilastras cunhais, encimadas por pináculos e, ao centro, abre-se o portal, rematado por frontão curvo, interrompido por pinha, ao qual se sobrepõe um óculo. No interior, destaca-se o retáblo-mor, de talha dourada que se insere ainda num contexto seiscentista, ou proto-barroco, bem como o tecto, em caixotões, dourado e policromado.

Como já referimos, a casa foi objecto de profundas modificações entre os séculos XIX e XX, que lhe conferiram um aspecto mais próximo do neoclássico. Contudo, a capela conservou o traçado depurado e maneirista da época da sua construção. Ela é a mais viva memória da antiga vivência jesuíta, a par do celeiro, de características funcionais e implantado a Sul da habitação actual.

A Quinta desenvolve-se nos terrenos que cercam a casa, integrando espaços ajardinados, e a mata, onde é possível encontrar várias árvores centenárias e alguns locais de lazer, entre os quais destacamos a denominada Fonte dos Frades.

 


 

Texto: (RCarvalho) - IPPAR

Fotos: DGEMN: DSID


 


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Sexta-feira, 2 de Maio de 2008

Casa da Quinta de S. Gens - Senhora da Hora - Matosinhos


Quinta de São Gens - de propriedade privada a sede de serviço público; a Quinta de São Gens parece ser uma das que andaram ligadas durante séculos ao morgadio instituído em Ramalde, um pouco antes de 1542, por João Dias Leite. Até à data da intervenção de Nasoni nas quintas de Ramalde de São Gens, o morgadio de Ramalde foi administrado sucessivamente pelo fundador e por seus descendentes. Terá sido durante a administração de D. Maria Leite (falecida em 1738), ou de seus filhos, que nas Quintas de Ramalde e de São Gens se realizaram as obras credivelmente delineadas por Nasoni, sendo notável a similitude entre ambas as casas. Num percurso ainda residencial, na década de 1920, a Quinta de São Gens foi vendida a um brasileiro, o qual executou na casa diversas obras de remodelação, depois desta ter sido alvo de um incêndio; em 1928, a Quinta foi adquirida pelo Estado para nela instalar a Estação Agrária do Douro Litoral, sendo hoje uma das quintas de apoio à acção da Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho.

A Quinta de São Gens no quadro das quintas do espaço suburbano portuense:

a Quinta de São Gens integra um conjunto de quintas do termo da cidade do Porto cujo arranjo e enobrecimento é atribuído a Nicolau Nasoni. Efectivamente, são atribuídas ao italiano importantes intervenções no arranjo nas quintas:

a. da Prelada (IIP, Decreto nº 129/77, de 29.9); b. do Chantre (IIP, Decreto nº 95/78, de 12.9); c. da Bonjóia ("em vias" de classificação); d. de Santa Cruz da Maia, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, ("em vias" de classificação); e. de Ramalde (IIP,Decreto nº 129/77, de 29.9) f. e São Gens

Conforme se afirmou anteriormente consta que, na década de 1920, a casa sofreu um incêndio, vindo a ser remodelada, ao que parece, pelo brasileiro que a comprou aos antigos proprietários; terá sido então que lhe foi acrescentado um prolongamento para o lado N. E que se ampliou o pátio para o mesmo lado, suprimindo as escadas exteriores e ajardinando o terreiro fronteiro, com canteiros abiscoutados, plantados de palmeiras e arbustos, em obediência ao gosto então expandido entre nós por numerosos emigrantes enriquecidos no Brasil, podendo-se levantar a hipótese de ter sido nessa altura que se realizou a transferência das estátuas, tanque a bancos atribuídos a Nasoni. Na década de 1930, o ajardinamento do pátio foi, de novo, remodelado, sob a orientação do Engº Ruela e plantado com fruteiras; finalmente, já em fins da década de 1980, sob a orientação do Arqtº Ilídio de Araújo, foi realizado novo arranjo do jardim.


IPPAR - (Elvira Rebelo)

 


 

 

Fotos: José Eduardo Gama (2006)



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Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

Quinta do Chantre - Leça do Balio - Matosinhos

 


 

 

A Casa e Quinta do Chantre devem a sua designação ao cónego da Sé do Porto, Fernando Barbosa de Albuquerque, que sucedeu como Chantre da referida Sé ao seu tio Manuel Barbosa, em 1736. Esta família gozava de grande proximidade com Nicolau Nasoni, o arquitecto que tão fortemente marcou o panorama arquitectónico do Porto, e do Norte do país, no reinado de D. João V, tendo-lhe encomendado diversas obras, entre as quais a casa do Dr. Domingos Barbosa, e a Casa de Fafiães. Note-se que a pedra de armas existente na fachada da Casa da Quinta do Chantre é igual à da Casa do Dr. Domingos Barbosa .

Muito embora não subsistam testemunhos documentais desta obra, as suas características particulares parecem ser suficientes para atribuir o seu risco a Nicolau Nasoni, que deverá ter trabalhado aqui na década de 40 do século XVIII, uma vez que alguns elementos decorativos se aproximam de outros empregues na igreja de Matosinhos e na capela da Quinta da Conceição em Leça, estes devidamente documentados.

No conjunto de casas de campo desenhadas por Nasoni, nos arredores do Porto (margens dos rios Douro e Leça), a Casa do Chantre ganha maior destaque por ser considerada uma das obras fundamentais na carreira do arquitecto. É, não apenas o maior solar de tipologia comum desenhado por Nasoni, mas principalmente aquele em que se percebe o gosto pelas grandes alamedas, enquanto elementos de dinamização do espaço. Contudo, e tal como acontece na Quinta de Ramalde, a vasta alameda da Quinta do Chantre traça uma linha directa entre a casa do portão, mas sem se impor efectivamente na organização da paisagem. À semelhança do que acontece um pouco por toda a Quinta, também no portão se concentram alusões heráldicas à família - os dois leões são símbolo dos Barbosa e as flores-de-lis dos Alburquerque.

A Casa é constituída por um bloco rectangular, de tendência claramente horizontal, apenas interrompido pela torre que se ergue ao centro da fachada principal. A pedra de armas dos Barbosa de Albuquerque encontra-se sobre a janela da torre, no eixo do portal principal. Esta fachada "(...) é, depois do Palácio do Freixo, o mais rico exemplar, nos arredores do Porto, da ideia que Nasoni expressou, no frontispício de Mateus, de uma passagem térrea central flanqueada por uma dupla escadaria conduzindo à entrada nobre da casa". De um dos lados da fachada e formando um ângulo recto com esta, situa-se a capela, rematada por frontão contra-curvado encimado por pináculos de dimensões consideráveis. O portal principal e a janela de sacada com balaústres situam-se no mesmo eixo central, recordando o esquema idêntico utilizado na capela da Casa de Fafiães.

Uma última referência para os chafarizes implantados junto ao portão, que tal como as janelas do jardim, apresentam vãos centrais, bastante recortados.

 


 

 


Texto: Rosário Carvalho - IPPAR

Fotos: José Eduardo Gama (2006) - IPPAR


publicado por MJFSANTOS às 10:19
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Domingo, 27 de Abril de 2008

Quinta de Fafiães - Leça do Balio - matosinhos

Quinta de Fafiães - Foto: José Eduardo Gama (2006) - IPPAR

 


 

Muito embora não tenham subsistido testemunhos documentais relativos à maioria das casas de campo, nos arredores do Porto, que se encontram associadas à figura de Nasoni, a sua atribuição a este artista italiano tem sido defendida por diversos autores.  É este o caso da Casa e Quinta de Fafiães, que tal como a Quinta do Chantre ou a Casa do Dr. Domingos Barbosa, devem resultar de uma encomenda da família Barbosa Albuquerque ao referido arquitecto italiano.

Manuel Barbosa de Albuquerque foi Chantre da Sé do Porto entre 1732 e 1736, época em que terá estabelecido contactos com Nasoni no sentido deste intervir em Fafiães, dado que a capela apresenta uma inscrição com a data de 1731. Esta ideia surge corroborada na investigação levada a cabo pelo historiador norte-americano Robert Smith, que ao analisar a obra de Nicolau Nasoni relacionou determinados elementos da Sé do Porto com a Casa de Fafiães. Entre outros, destacam-se os motivos de granito no muro que divide o jardim.

Este muro, situado no eixo da capela, separa a zona de acesso à Casa do espaço que lhe fica defronte, e onde sobressai a fonte, de remate sinuoso, com motivos muito semelhantes aos da portada do patamar da escada dos Clérigos. Assim, e neste conjunto arquitectónico e paisagístico de grande unidade, Nasoni terá optado por se aproximar do ideal de arquitectura civil europeu, em que todo o espaço "(...) é submetido a um grande eixo de desenvolvimento, onde a casa, como acontece nas villas italianas ou palácios franceses, se situava no centro deste eixo".

A planta da Casa desenvolve-se em L, com fachada principal marcada pelas escadas de lanço único, de acesso ao andar nobre. A porta e janela centrais, unidas num único motivo, concentram em si a decoração do frontispício. A capela dedicada a Nossa Senhora do Desterro, que domina a zona lateral da Casa, a Norte, apresenta fachada rematada por frontão curvo e pináculos volumosos. Um remate que, de acordo com Smith, parece evocar os desenhos das gravuras do maneirismo flamengo. O portal, de desenho recortado, forma um bloco com a janela, também recortada, que se lhe sobrepõe. A sua concepção denota grande proximidade com a Capela da Quinta do Chantre, onde Nasoni optou por um esquema idêntico. Contudo, e ainda que mais planos, voltamos a encontrar uma série de elementos decorativos que recordam os utilizados na Sé portuense, nomeadamente ao nível da cartela da janela, das borlas do peitoril da janela ou das folhas de acanto no perfil da janela.

 

Foto: José Eduardo Gama (2006) - IPPAR
Texto: (Rosário Carvalho) - IPPAR


publicado por MJFSANTOS às 08:54
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Sexta-feira, 21 de Março de 2008

Quinta do Rio - Ramalde - Porto

Algo degradada, não deixa de ser uma das jóias arquitectónicas da freguesia. Mostra indícios de construção rural e agrícola. Ponto de confluência de vários ribeiros vindos do Padrão da Légua, do Seixo ou da Arca de Água, não deixa de ter instalações de secagem, eira e habitação. Curiosamente, mantém a última ponte rural ainda existente dentro da cidade, apesar das suas reduzidas dimensões.

(Fonte: jf-ramalde)


A casa de granito assenta em base rochosa.O primeiro piso era utilizado para habitação. O piso térreo funcionava com arrecadações e estábulos.Exteriormente, o corpo central é dividido por pilastras com uma porta ao meio emoldurada e com um óculo. A quinta do Rio foi vendida por Mª Isabel Perdigão a Artur Armindo Rola Sousa Bráz em 1987. Em 1988 a casa sofreu obras de reabilitação e restauro.



publicado por MJFSANTOS às 13:02
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

Quinta da Conceição - Matosinhos


A origem daquele que é actualmente o principal parque público municipal de Matosinhos remonta à instalação neste local, em 1481, do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem de S. Francisco. Instalados primitivamente, desde 1392, no Oratório de S. Clemente das Penhas (junto à actual Capela da Boa Nova), “numa marinha agreste: o mais inculto, desabrido e estéril [sítio]” conforme relatava em 1666 Fr. Manoel da Esperança. A natureza agreste do sítio levou, alguma décadas mais tarde, a que se procurasse transferir o cenóbio para um local mais ameno tendo sido escolhido a antiga “Quinta da Granja”.

Do primitivo convento já pouco resta. Vendido em hasta pública após a extinção em 1834 das ordens religiosos todo o vasto património que albergava foi desaparecendo. Actualmente ainda é visível o antigo claustro do convento, alguns chafarizes monumentais e a capela de S. Francisco, onde se encontram sepultado Frei João da Póvoa, antigo confessor do rei D. João II e principal impulsionador da construção do novo convento. Mas a peça mais emblemática é o magnífico portal de estilo manuelino que pertenceu à igreja do convento e que, após em meados do séc. XIX ter sido transferida para uma quinta particular em Vila Nova de Gaia, foi posteriormente devolvida à sua localização original.

Já no séc. XX a Quinta da Conceição, que confinava com as margens do rio Leça, entra na posse da Administração dos Portos de Douro e Leixões com vista à construção da doca nº2 do Porto de Leixões. Em 1956 a restante propriedade é arrendada pela Comissão de Turismo da Câmara Municipal de Matosinhos para a criação do “Parque da Vila”, sofrendo durante a década de 60 importantes melhoramentos coordenados pelo arqº Fernando Távora onde se destaca o campo de ténis e a piscina (da autoria do arqº Siza Vieira).

 


 

 


Fonte: CM-Matosinhos


publicado por MJFSANTOS às 10:03
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