A capela de São Martinho, situada numa pequena colina e rodeada por um adro arborizado, constituiu um dos mais importantes locais de culto da muito remota freguesia de Vilar do Paraíso.
A sua história é, no entanto, pouco conhecida. Não se sabe em que data foi edificada, mas a sua origem recua ao século XIV, época em que foi paroquial. A frontaria, barroca, remonta, muito possivelmente, à primeira metade do século XVIII. Nas Memórias Paroquiais de 1758 refere-se a existência de uma ermida dedicada a São Martinho "situada num monte no meio da freguesia", mas nada mais se acrescenta sobre o edifício. As restantes informações, acrescentadas pelo autor da transcrição, Francisco Barbosa da Costa, apenas dizem respeito às imagens que, em 1983, se veneravam na capela. No altar-mor encontrava-se a representação do padroeiro, São Martinho, acompanhado por São Miguel. Nos restantes altares, Santa Rita, Santo António, Santa Teresinha, Nossa Senhora das Dores do Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora de Fátima e do Menino Jesus de Praga.
Já na década de 1990, a igreja foi objecto de uma profunda alteração, conservando-se apenas a fachada setecentista e a nave, pois os restantes volumes (capela-mor e sacristia) foram demolidos com o objectivo de ampliar o espaço da capela.
Assim, o elemento mais significativo deste conjunto é o alçado principal, revestido por azulejos de padrão azuis e brancos, contemporâneos, e flanqueado por pilastras, encimadas por pináculos. Ao centro, abre-se o portal, ladeado por duas janelas rectangulares, e encimado por frontão de aletas, interrompido por uma vieira. Sobrepõe-se-lhe um óculo quadrilobado e, sobre a empena, a torre sineira.
No local onde presentemente está implantada a Igreja de São Martinho, matriz de Penafiel, existiu até meados do século XVI a Capela do Espírito Santo, um templo edificado na Idade Média e reestruturado no início da centúria de Quinhentos. A reedificação da ermida medieval foi custeada por João Correia, mercador da vila, que mandou erigir uma estrutura manuelina (idem, ibidem), dotando o templo de diversos artefactos decorativos, nomeadamente um retábulo oriundo da Flandres.
Na segunda metade do século XVI deu-se início à construção da nova igreja matriz, uma vez que a sede de paróquia do Julgado de Penafiel havia sido transferida de São Martinho de Moazares para o lugar de Arrifana do Sousa. Desta forma, a Capela do Espírito Santo foi demolida, sendo aproveitado o espaço da capela-mor, utilizado no novo templo como capela funerária. No ano de 1561 tinham-se já iniciado as obras de edificaçãoda matriz, que decorreram até 1570, data inscrita no portal principal.
O templo de São Martinho foi construído segundo o modelo de igreja-salão , muito comum na arquitectura religiosa portuguesa construída na segunda metade do século XVI. A sua estrutura, implantada longitudinalmente, desenvolve-se numa planimetria de três naves com quatro tramos, cujos arcos formeiros se apoiam em colunas jónicas.
O frontispício apresenta um modelo de fachada-retábulo de gosto maneirista, de linhas austeras e despojadas, que a partir da década de 60 de Quinhentos foi bastante utilizado nas grandes obras religiosas edificadas no Alto Minho.
O portal é enquadrado, a cada lado, por pares de colunas jónicas e encimado por entablamento decorado com motivos geométricos. Sobre este, o habitual nicho foi substituído por uma pintura que representa São Martinho repartindo a sua capa, ladeada por duas cartelas inscritas com as datas 1561 e 1570, que possivelmente se reportam ao início das obras do templo e à sua sagração, respectivamente. Sobre este registo foi aberto um óculo inserido numa cartela roll werk . De cada um dos lados do conjunto retabular do portal foram rasgadas duas janelas. O conjunto da fachada é rematado em empena, e do lado esquerdo, embebida pela estrutura do corpo da igreja, foi edificada a torre sineira.
No interior destaca-se a capela do Senhor dos Passos, que corresponde à antiga capela-mor da ermida do Espírito Santo, coberta por abóbada estrelada, e que alberga a pedra tumular de João Correia. A capela-mor, cujo espaço foi ampliado em 1694, alberga um grande retábulo rocaille dourado.
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